Dúvidas Frequentes

1) O que é Geração Distribuída (GD)?

Geração Distribuída (GD) é o conceito dado à energia elétrica gerada no próprio local de consumo ou próximo a ele, sendo válido para diversas fontes de energia renováveis, como a energia solar fotovoltaica, e trazendo diversos benefícios aos consumidores, como redução na emissão de CO2 e redução do valor da conta de luz em até 95%.

2) Qual a diferença entre Microgeração Distribuída e Minigeração Distribuída?

 

A Microgeração Distribuída representa sistemas de Geração Distribuída com potência instalada de até 75 kW (o equivalente a uma geração média mensal de aproximadamente 12.000 kWh/mês no estado de SP). Geralmente são encontrados em imóveis residenciais e comerciais de pequeno e médio porte.

Já a Minigeração Distribuída consiste em sistemas com potência instalada acima de 75 kW e até 5 MW. São instalados geralmente em imóveis comerciais de médio e grande porte, pelo alto consumo de energia elétrica, como fábricas, indústrias, galpões, supermercados, etc.

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3) O que é sistema fotovoltaico? Ele aquece água para o imóvel com energia solar?

O sistema fotovoltaico tem como único objetivo a geração de energia elétricacom utilização da radiação solar, portanto, não aquecendo água, pelo menos diretamente. Ele pode ser on-grid ou off-grid e é constituído, basicamente, por painéis (ou módulos) solares e em inversores de corrente.

4) Qual a diferença entre sistema fotovoltaico on-grid e off-grid?

O sistema fotovoltaico on-grid é conectado à rede da distribuidora. Nos momentos em que a geração de energia elétrica pelos painéis está baixa ou inexistente, o imóvel será abastecido pela rede da distribuidora. Já nas horas em que a produção de energia pelo sistema fotovoltaico é maior do que a utilização instantânea pelo imóvel, o excedente é injetado na rede da distribuidora.

No sistemaoff-grid, o funcionamento é semelhante ao do on-grid, entretanto ao invés de estar conectado à rede pública de distribuição, são conectadas a baterias próprias que armazenam a energia gerada para ser utilizada quando o imóvel demandar. Esse tipo de sistema pode gerar 100% de economia na conta de luz, e uma autonomia em relação à distribuidora, entretanto, possui um investimento inicial muito elevado se comparado ao on-grid.

Existem também os sistemas híbridos, que possuem baterias, mas também estão conectados à rede de distribuição.

5) O que acontece com a energia elétrica gerada pelo sistema fotovoltaico on-grid?

A energia elétrica gerada é enviada para consumo imediato do imóvel, ou quando não há demanda de consumo, é injetada na rede da distribuidora, gerando créditos para serem utilizados junto à distribuidora de energia elétrica (sistema de compensação de energia elétrica).

6) Como são registrados os créditos gerados pelo sistema fotovoltaico on-grid?

Os créditos são registrados pelo relógio medidor bidirecional, que marca quantos kWh de energia elétrica foram injetados na rede da distribuidora e quantos foram consumidos.

7) Se em determinado mês, for injetada mais energia do que consumida da distribuidora, é possível vender a energia excedente?

Não, o excedente de energia só poderá ser convertido em créditos dentro da distribuidorapara serem utilizado na redução de valores da conta de luz.

Somente empresas autorizadas pela Câmara de Comércio de Energia Elétrica (CCEE) podem comercializar energia elétrica. Para tal, é necessário o cumprimento de diversos requisitos.

8) Quem instala o relógio bidirecional? Quem deve arcar com os custos?

A responsabilidade pela instalação do relógio medidor bidirecional é da distribuidora de energia elétrica, e todos os custos são arcados por ela.

9) Como funcionam os créditos gerados no sistema fotovoltaico on-grid (sistema de compensação)?

O sistema de compensação de energia elétrica permite que o consumidor gere créditos que são utilizados para compensar o consumo da conta de luz no mês atual ou nos subsequentes. Esses créditos possuem validade de até 60 meses (5 anos).

10) Posso utilizar os créditos gerados pelo meu sistema fotovoltaico on-grid em outros imóveis (autoconsumo remoto)?

Sim, desde que os outros imóveis em que serão utilizados os créditos sejam atendidos pela mesma distribuidora de energia elétrica (ENEL, CPFL, ELEKTRO, RGE, CEE, CEMIG, entre outras) do imóvel em que o sistema fotovoltaico on-grid está instalado e que os titulares das contas de luz sejam os mesmos, podendo ser CPF ou CNPJ.

Essa modalidade de benefício é denominada autoconsumo remoto.

11) Se acabar a luz do meu imóvel que possui um sistema fotovoltaico instalado, continuarei com fornecimento de energia elétrica?

Depende. Se o sistema instalado for fotovoltaico on-grid, não haverá fornecimento de energia elétrica, por questões de segurança, para evitar acidentes com o profissional da distribuidora que poderá estar dando manutenção à rede próxima.

Já em caso de sistema off-grid, em que há baterias, haverá fornecimento de energia até que a carga armazenada pelas baterias se esgote.

12) O que é o inversor de corrente?

A corrente gerada pelos painéis fotovoltaicos é corrente contínua (CC). O equipamento responsável por converter essa corrente contínua em alternada, que é a utilizada pela pelo imóvel e também pela rede da distribuidora, é o inversor de corrente. Ele pode ser encontrado na versão central (ou string), que é mais tradicional, e também como micro inversores.

13) Qual a diferença entre inversor de corrente central (string) e micro inversor?

As principais diferenças são relacionadas a:

– Estética: os micro inversores são instalados abaixo dos painéis, ficando “escondidos”, podendo inclusive tomar chuva. Já os inversores centrais deverão ser instalados em uma parede do imóvel, podendo ficar ao tempo, mas cobertos, evitando assim que jatos d’água entrem em contato direto com os equipamentos, para não os danificar;

– Custo: para mesma potência de painéis, os sistemas com micro inversores custam cerca de 5 a 15% a mais do que com inversores centrais;

– Sombreamento: quando uma sombra afeta um painel fotovoltaico no sistema com micro inversor, apenas o painel em questão terá sua produção comprometida. Já com inversor central, no caso de a sombra afetar um painel, todos os painéis que compõe a mesma linha terão sua geração comprometida;

– Expansão: quando se trata de expansão, é mais complicada para os inversores centrais, pois é necessário já haver uma previsão do consumo futuro, para se instalar um inversor com a potência que comporte a expansão, e só poderão ser instalados painéis fotovoltaicos com características semelhantes. Já no caso de micro inversores, é possível se expandir o sistema de acordo com a necessidade, instalando-se novos micro inversores e novos painéis fotovoltaicos;

– Eficiência: apesar de possuírem eficiências semelhantes e altas, os inversores centrais possuem eficiência na faixa de 96,0% – 98,5%, ligeiramente maior que a faixa de 94,0% – 96,5% dos micro inversores.